Tempo de Preparar-se para Encontrar Deus

Tempo de Preparar-se para Encontrar Deus
As escrituras dizem que a época em que vivemos é o tempo para executarmos os nossos labores, em preparação para encontrar Deus (Alma 34:32–35). Todos nós sabemos que o encontro com o nosso Salvador, que será também o nosso Juiz, é inevitável. Ninguém que tenha nascido neste mundo poderá furtar-se a comparecer diante do Senhor para prestar contas de todos os seus pensamentos, todas as suas palavras e todas as suas obras.

Nas palavras do pensador Arnold Bennet: “Os filósofos explicaram o espaço, mas não explicaram o tempo. Ele é a inexplicável matéria-prima de tudo. Com ele, tudo é possível, sem ele, nada. O suprimento de tempo é verdadeiramente um milagre diário. Você acorda pela manhã e, magicamente, sua bolsa tem 24 horas. É seu. É o mais precioso de todos os seus bens. E ninguém recebe um empréstimo do futuro. Só se pode desperdiçar o tempo que está passando. Não se pode desperdiçar o amanhã, pois está reservado para você. Você tem que viver nestas 24 horas diárias do seu tempo. Daí, então, você tem que produzir a riqueza, o contentamento, o respeito e a evolução de sua alma imortal. Seu uso correto, o seu uso mais eficaz, é uma questão da máxima premência. Tudo depende disso!”

O inimigo de nossa alma naturalmente sabe disso e fará tudo o que puder para nos convencer a “perder tempo”. As tentações usadas nos nossos tempos têm muito a ver com distrações. Há maneiras, as mais variadas, de nos desviar do que deveria ser nosso principal objetivo: a nossa preparação para encontrar Deus. As palavras de um antigo poema chamado “O Tempo e a Conta” nunca foram tão atuais:

“Deus pede estrita conta do meu tempo,
E eu vou do meu tempo dar-lhe conta.
Mas como dar sem tempo tanta conta,
Eu que gastei sem conta tanto tempo?
Para ter minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta.
Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
Quero hoje, acertar conta, e não há tempo.
Ó vós que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo,
Cuidai enquanto é tempo em vossa conta,
Pois aqueles que sem conta gastam tempo,
Quando o tempo chegar de prestar conta,
Chorarão, como eu, por não ter tempo!”

As escrituras também ensinam que a nossa medida de tempo é diferente da medida existente próxima à habitação de Deus. Em II Pedro 3:8, Salmos 90:4 e Abraão 3:4, aprendemos que um dia para Deus equivale a mil anos segundo a nossa contagem. Desse modo, para que se passem apenas 2 horas no tempo como contado em Colobe, necessitamos viver aproximadamente 86 anos neste mundo, um tempo considerável segundo o nosso cálculo. Vivemos então uma ínfima porção da eternidade neste mundo, o que por vezes nos parece, em nossa condição mortal e finita, uma eternidade inteira com tantos desafios a enfrentar.

Necessitamos, mais do que nunca, atentar para a importância de usar sabiamente o tempo que nos é concedido por dádiva divina. Tenhamos o cuidado de não desperdiçá-lo com as novas tentações da tecnologia, gastando longas horas com as atraentes redes sociais, com os games, com o infindável acervo de filmes e a exposição fácil de infindável quantidade de material disponível na web, de excelente à péssima qualidade.

Há muito a fazer. Muito a decidir. O Senhor tem nos dado o padrão: os Seus mandamentos, as Suas leis e os profetas, antigos e modernos, que estão agora mesmo aconselhando aos ouvidos atentos sobre como utilizar com a máxima eficiência o “tempo designado, de acordo com as [nossas] obras” (D&C 121:25).

Em Doutrina e Convênios 38:30, o Senhor nos consola afirmando: “Mas se estiverdes preparados, não temereis”. A maneira como usamos o “nosso” tempo é, na verdade, a maneira como utilizamos o nosso arbítrio. Que um dia digamos como Morôni, no último versículo do Livro de Mórmon, que esperamos nos encontrar diante do “agradável tribunal do grande Jeová, o Juiz Eterno tanto dos vivos como dos mortos. Amém”.
 
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